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O setor de Saúde Suplementar
Crescimento do setor

Conforme dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o segmento encerrou o mês de dezembro com 52,2 milhões de beneficiários em planos de assistência médica, o que representa um incremento de 862,7 mil quando comparado ao mesmo período de 2023. Os estados de São Paulo, Minas Gerais e Amazonas registraram o maior ganho em números absolutos nos planos de assistência médica. Atualmente, 70% dos planos médicos pagos são na modalidade empresarial.

Após três anos com prejuízo operacional acumulado de R$ 17 bilhões, operadoras de planos de saúde e as administradoras de benefícios, que enviam suas demonstrações financeiras à ANS, registraram lucro líquido de R$ 8,7 bilhões de janeiro a setembro de 2024 e um aumento de 178% em relação ao mesmo período de 2023. O resultado equivale a aproximadamente 3,33% da receita total acumulada no período, que foi superior a R$ 261 bilhões. O que significa que, para cada R$ 100 de receitas, o setor teve cerca de R$ 3,33 de lucro ou sobra. Este é considerado o melhor resultado econômico-financeiro para o período desde 2020.

DESAFIOS DA SAÚDE SUPLEMENTAR

Algumas frentes continuam exigindo vigilância por parte das empresas de saúde, a fim de manter a sustentabilidade dos negócios.

Sinistralidade

Principal indicador para o desempenho operacional das operadoras médico hospitalares, a sinistralidade registrou índice de 83,1% no acumulado até o 3° trimestre de 2024 (3,5 pontos percentuais abaixo do apurado no mesmo período do ano anterior). Esta é a menor sinistralidade registrada para o período desde 2020, ano considerado atípico, de baixa sinistralidade em razão da pandemia.

Esse movimento indica a consolidação da reorganização financeira promovida pelo setor para recuperar os resultados na operação, a partir de um contexto de aumento de beneficiários.

Fusões e aquisições

Depois da fusão da Hapvida e Notredame em 2023 e da joint venture da Dasa e Amil em 2024, a concentração de grandes empresas do setor deve seguir como tendência nos próximos anos na busca por mais eficiência. Os especialistas ainda consideram o setor como muito fragmentado em diversos elos da cadeia – desde prestadoras de serviço, como hospitais, clínicas e laboratórios, a empresas pagadoras, como operadoras de planos de saúde e financiadoras.

Regulação e judicialização

Discussões regulatórias aliadas à crescente judicialização e os aumentos de custo sugerem instabilidade para o setor já no início do ano. Os custos com fraudes chegaram a R$ 34 bilhões anuais, segundo a Associação Nacional das Administradoras de Benefícios (Anab). Outro fator que preocupa são as rescisões unilaterais por parte de algumas operadoras, que continuam gerando insegurança no mercado e insatisfação generalizada para os clientes. A ampliação de custos devido à liberação de tratamentos onerosos, sem cobertura e com pouca evidência científica, também deve pressionar ainda mais as operadoras.

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